segunda-feira, 15 de abril de 2013

Achei interessante algumas frases então procurei saber quem foi Clarice Lispector.



Clarice Lispector, nascida Haia Pinkhasovna Lispector (Tchetchelnik10 de dezembrode 1920 — Rio de Janeiro9 de dezembro de 1977) foi uma escritora e jornalista, nasceu na Ucrânia e foi naturalizada brasileira. Quanto ao Estado pertencente, Clarice se declarava pernambucana.


Obra




Em dezembro de 1943, publicou seu primeiro romance, Perto do Coração Selvagem. Escrito quando tinha 19 anos, o livro apresenta Joana como protagonista, a qual narra sua história em dois planos: a infância e o início da vida adulta. A literatura brasileira era nesta altura dominada por uma tendência essencialmente regionalista, com personagens contando as dificuldades da realidade social do país na época. Clarice Lispector surpreendeu a crítica com seu romance, seja pela problemática de caráterexistencial, completamente inovadora, seja pelo estilo solto, elíptico e fragmentário. Este estilo de escrita se tornou marca característica da autora, como pode ser observado em seus trabalhos subsequentes.

Na época da publicação, muitos associaram o seu estilo literário introspectivo a Virginia Woolf ou James Joyce, embora ela afirme não ter lido nenhum destes autores antes de ter escrito seu romance inaugural.[4] A epígrafe de Joyce e o título, inspirado em citação do livro de Joyce Retrato do Artista quando Jovem, foram sugeridos por Lúcio Cardosoapós o livro ter sido escrito. Perto do coração selvagem ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha de melhor romance de estreia, em outubro de 1944.[3]

Em 1946, em uma viagem ao Rio de Janeiro, lança seu segundo livro O Lustre.

Em 1949, lança o livro "A Cidade Sitiada", o seu terceiro romance.

Em 1961, "A Maçã no Escuro".

Em 1964 Clarice lança dois livros: A Legião Estrangeira, uma coletânea de contos, e o romance A Paixão segundo G.H.. Ambos os livros foram publicados pela Editora do Autor, liderada pelos amigos Fernando Sabino e Rubem Braga.

Em 1969 "Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres".

Em 1970, começa a escrever um novo livro com o título de Atrás do Pensamento: Monólogo com a Vida. Mais tarde é renomeado deObjeto Gritante. Finalmente é lançado em 1973 com o título definitivo de Água Viva. O livro foi sucesso de crítica e público, ao ponto de o cantor Cazuza o ter lido 111 vezes [2][3].

Durante a década de 1970, após ser demitida do Jornal do Brasil (todos os judeus que trabalhavam na publicação foram demitidos neste período), a autora começa a traduzir obras do francês e do inglês para a Editora Artenova. Entre as obras estão contos de Edgar Allan PoeO Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde, dois romances de Agatha Christie e Entrevista com o Vampiro de Anne Rice.[2]

Em 1974, publicou mais dois livros de contos, novamente pela Artenova: A Via Crucis do Corpo e Onde Estivestes de Noite. A primeira edição deste último foi retirada de circulação porque foi colocado um ponto de interrogação no título, erroneamente.[3]. Já A Via Crucislevantou polêmica com seu alto caráter sexual, e por não ter sido considerado à altura dos outros trabalho de Clarice, a revista Veja e o Jornal do Brasil chegaram a chamar a obra de "lixo".[2]

A obra de Clarice ultrapassa qualquer tentativa de classificação. A escritora e filósofa francesa Hélène Cixous vai ao ponto de dizer que há uma literatura brasileira A.C. (Antes da Clarice) e D.C. (Depois da Clarice).

Além de escritora, Clarice foi colunista do Jornal do Brasil, do Correio da Manhã e Diário da Noite. As colunas, que foram publicadas entre as décadas de 60 e 70, eram destinadas ao público feminino, e abordavam assuntos como dicas de beleza, moda e comportamento. Em meados de 1970, Lispector começou a trabalhar no livro Um sopro de vida: pulsações, publicado postumamente. Este livro consiste de uma série de diálogos entre o "autor" e sua criação, Angela Pralini, personagem cujo nome foi emprestado de outro personagem de um conto publicado em Onde estivestes de noite. Esta abordagem fragmentada foi novamente utilizada no seu penúltimo e, talvez, mais famoso romance, A Hora da Estrela. No romance, Clarice conta a história de Macabéa, uma datilógrafa criada no Estado de Alagoas que migra para o Rio de Janeiro e vai morar em uma pensão, tendo sua rotina narrada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M. O livro descreve a pobreza e a marginalização no Brasil a partir de um ângulo único que, fugindo dos clichês de um sofrimento simplesmente causado pela pobreza, e do estereótipo das questões existenciais como burguesas, encontra sua principal personagem no lugar exato e singular de sua (in)existência. A história de Macabéa foi publicada poucos meses antes da morte de Clarice.

Em artigo publicado no jornal The New York Times, no dia 11 de março de 2005, a escritora foi descrita como o equivalente de Kafkana literatura latino-americana. A afirmação foi feita por Gregory Rabassa, tradutor para o inglês de Jorge Amado, Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e de Clarice.[5]



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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